Diários de um Psicopata - Quinta Feira
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Segunda Feira 21/10/13
Terça Feira 22/10/13
Vim para casa sem pressa depois que sai de lá, eu estava muito confuso com tudo o que havia acontecido hoje, então a medida que ia caminhado ia pensando nos fatos. Eu havia matado duas pessoas, mas não ligava e o pior de tudo eu tinha me sentido de certa forma bem em ter matado elas, e também não me importava por ter feito, a única coisa que me incomodava era a possibilidade de a policia descobrir que fui eu, o que era bem provável e por último pra piorar tudo, eu estava tendo um caso de paixonite a primeira vista pela filha da mulher que eu matei, aliás agora que parei pra pensar a Adri era um pouco estranha também, mesmo a mãe dela agredindo ela, por que ela foi pra aula dois dias depois que a mãe morreu? Era muito estranho isso. Cheguei em casa e entrei pela janela, tranquei a porta rapidamente antes que minha mãe pudesse entrar no quarto e me joguei na cama. Estava sem vontade de ler ou entrar no computador, então coloquei uma música, e fiquei pensando na confusão que tudo estava, quando estava quase adormecendo recebi uma mensagem:
Segunda Feira 21/10/13
Terça Feira 22/10/13
28 de Outubro de 2004
Quinta - Feira 9:00hrs
Vim para casa sem pressa depois que sai de lá, eu estava muito confuso com tudo o que havia acontecido hoje, então a medida que ia caminhado ia pensando nos fatos. Eu havia matado duas pessoas, mas não ligava e o pior de tudo eu tinha me sentido de certa forma bem em ter matado elas, e também não me importava por ter feito, a única coisa que me incomodava era a possibilidade de a policia descobrir que fui eu, o que era bem provável e por último pra piorar tudo, eu estava tendo um caso de paixonite a primeira vista pela filha da mulher que eu matei, aliás agora que parei pra pensar a Adri era um pouco estranha também, mesmo a mãe dela agredindo ela, por que ela foi pra aula dois dias depois que a mãe morreu? Era muito estranho isso. Cheguei em casa e entrei pela janela, tranquei a porta rapidamente antes que minha mãe pudesse entrar no quarto e me joguei na cama. Estava sem vontade de ler ou entrar no computador, então coloquei uma música, e fiquei pensando na confusão que tudo estava, quando estava quase adormecendo recebi uma mensagem:
"Achou que vou roubar teu esconderijo
por hoje, boa noite Ca"
Me peguei dando um sorriso bobo, então
resolvi que ia voltar até lá, minha família já estava dormindo, então fui
pulando a janela novamente, estava mais frio e fiquei tentado a voltar e buscar
um casaco, mas decidi ir direto para lá, a casa a abandonada ficava a uns 40
minutos da minha, me culpei por ter deixado o celular em casa. Pensei em ir
correndo, mas não me animei então fui andando devagar e pensando no que iria
dizer quando chegasse. Até que reparei que havia um mendigo a minha frente, ele
estava dormindo não sei dizer certo, só sei que quando o vi no meio da rua
sozinho de madrugada aquela sensação que eu havia sentido na hora que matei os
outros havia voltado eu me sentia capaz, eu me sentia livre.
Esqueci que estava indo ver Adri, meu foco
se voltou para o mendigo era a oportunidade perfeita, eu precisa fazer aquilo,
agora eu tinha entendido aquela sensação era um tipo de prazer forte, intenso,
não é a mesma coisa de quando você se masturba ou transa com alguém era algo
mais forte que isso, algo maravilhoso, então me aproximei dele cautelosamente
peguei um pedaço de pedra no chão era pequena, mas tudo bem da ultima vez eu
não tive chance de observar a minha obra, mas dessa vez eu teria, me aproximei
ainda mais e joguei ela na cabeça do homem, eu ouvi seus gemidos de dor virei
ele de frente para mim peguei a pedra novamente e dei com tudo no maxilar dele
para que não conseguisse gritar. Ele gemia tentando falar algo para pedir
socorro mas a unica coisa que saia de sua boca era sangue, eu estava me
sentindo incrível, vendo aquele sofrimento nos olhos dele, o medo, o sangue
tudo naquilo me deixava fascinado e feliz, eu gargalhei, aquilo era incrível,
eu era incrível.
Infelizmente não durou muito essa
felicidade, eu ouvi um carro vindo estava em apuros de novo, então rapidamente
peguei um pouco do sangue que o homem cuspira e passe em minha blusa e coloquei
a pedra em meu bolso, fui para o meio da rua, assim que vi o carro comecei
acenar e gritar socorro, como era de se esperar o carro parou uma mulher desceu
do carro junto de um homem, definitivamente eu não estava com sorte aquela
madrugada.
- O que houve - disse a mulher com a cara
horrorizada - o que aconteceu? quem fez isso com vocês ?
- Um homem, ele foi por ali - apontei na
direção oposta a que eles vieram. - Ele atirou em mim, e depois deu algumas
pedradas nesse mendigo que havia visto, então quando ouviu o carro saiu correndo.
- Eu vou atrás dele, Julia carregue o
mendigo até o banco de trás e leve os dois para o hospital, eu volto já - eu
fui me encaminhando para o carro, eles pensaram que eu estava indo me sentar ou
então não me notaram.
- Não você ouviu o menino, ele estava
armado você pode se machucar - eles discutiam e eu abri a porta do carro, meus
olhos brilharam quando eu vi o isqueiro no porta corpo - Me ajude a colocar
esse homem no banco de trás, menino você pode abrir a porta por favor.
Eu não respondi apenas fingi um gemido de
dor e ouvi a mulher falando.
- Aa meu deus, o menino também não está
bem José, me ajude aqui rápido - Eles foram até o mendigo enquanto eu me
abaixei e procurei o tanque do carro, demorei alguns segundos para achar,
mas quando achei peguei a pedra do meu bolso, a crie um pequeno corte no
tanque, escutei a gasolina caindo aproveitei e fiz um pequeno rasgo no pneu,
simulei um grito de dor para disfarçar o barulho do pneu então me levantei e
fui fingindo estar ferido até a porta do outro lado para abri para o casal
colocar o corpo do mendigo no carro. A mulher deu a volta e entrou pelo lado do
motorista e o homem ficou para me ajudar.
- Vem eu carrego você até o banco da
frente - disse ele colocando a mão pela minha cintura, depois percebeu que
havia colocado a mão bem em cima de onde eu havia passado o sangue - Espere,
você....você não está ferido.....
Eu sorri, ele me olhou assustado e então
entrou no carro.
- Vai vai vai - ouvia ele gritar para a
mulher - foi o garoto foi ele que fez isso com o homem.
Ela acelerou fundo, mas como uma roda
estava estourada ela apenas girou o carro, acelerou de novo e saiu
ziguezagueando pela pista vagarosamente, eu ouvia o grito deles dentro do carro
de desesperados, não podia demorar muito, algumas luzes dos apartamentos da
região já estavam acesas, talvez até mesmo a policia havia sido chamada.
Procurei onde estava a poça que dava inicio a trilha de gasolina que ia até o
carro, quando a encontrei peguei o isqueiro do meu bolso, acendi ele e joguei
na poça. Fui acompanhando o fogo com os meus olhos o carro já estava do outro
lado do quarteirão quase virando, mas ainda assim não iriam conseguir fugir do
fogo, esperei mais alguns instantes e então o carro explodiu a uns 50 metros de
onde eu estava, alguns destroços voaram em minha direção, não havia pensado
nisso, poderia ter sido morto por algum deles, mas felizmente isso não
aconteceu. esperei algum tempo para ver se o carro não ia explodir novamente e
me aproximei dele para checar se alguém ainda estava vivo.
Quando cheguei no carro vi um corpo
carbonizado na parte de traz, provavelmente o mendigo, no banco do carona onde
estava o homem, havia mais um cadáver totalmente carbonizado e no banco do
motorista havia a mulher. Por incrível que pareça a garota ainda estava viva,
mas em um estado crítico, a maior parte de seu corpo estava queimada, e no
resto do corpo vários cortes, ela estava chorando e virou os olhos para mim
quando eu cheguei perto, eles estavam cheios de dor e sofrimento. Eu sorri pra
ela e então cravei a pedra em seu olho.
Bom depois disso corri para fora daquele
local, sempre que possível eu ia pelos becos, mas não havia ainda nada de
policia, uns 10 minutos depois eu comecei escutar o som da sirene dos
bombeiros, a essa altura eu já havia me distanciado bastante do local, então me
lembrei q estava indo ver a Adri, mas eu estava com a camisa suja de sangue,
não poderia mais ir e tinha que me livrar da camisa, o que era uma pena por que
eu realmente gostava dela. Fui para casa andando pelas sombras para esconder a
mancha na camisa, quando cheguei estava quase clareando, deviam ser umas 5 hrs
da manhã. antes de ir para o meu quarto parei na frente do lixo coloquei minha
camisa no chão e pus fogo nela, ela demorou uns 15 minutos para queimar quase
totalmente, depois disso eu juntei o que havia sobrado e coloquei no saco de
lixo, entrei no meu quarto olhei para o relógio "5:45" aproveitei e
fui tomar um banho antes de todos acordarem, quando sai do banheiro meu pai já
estava esperando para tomar banho enquanto o resto da minha família ainda
acordava, ele resmungou alguma coisa que eu não consegui ouvir direito, voltei
para o quarto e me joguei na cama estava exausto, quando então recebi uma
mensagem no celular da Adri.
"Eu sei que foi você, não vá para a
escola, me encontre na casa abandonada hoje a noite as 11 horas".
Carlos Magalhães
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