Diários de um Psicopata - Adriane

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 Segunda feira - 25/10/04

 Adriane Cavalcante


   O dia começou tranquilo, chegamos na casa nova por volta de 9 hrs, vim direto para o comodo que seria meu quarto, por sorte o caminhão da mudança havia chegado ontem ainda, então as minhas coisas já estavam no meu quarto. Tranquei a porta do meu quarto coloquei os fones e comecei a desempacotar as coisas e arrumar elas no quarto, arrumei meus livros, meus discos, minha maquina de escrever e meus posteres de banda. Depois que estava tudo mais ou menos arrumado me joguei na cama e peguei no sono, acordei de meio dia quando minha mãe batia na porta do quarto.
- Teu almoço ta aqui no chão. - ouvi ela dizer, então esperei que ela fosse embora e fui até a porta e peguei metade de uma pizza mais uma coca 600. Peguei meu notebook e voltei para minha.
Fiquei a tarde inteira de bobeira apenas vendo filmes e séries peguei no sono novamente no meio da tarde. Dormi até de noite quando escutei a porta fechando, acordei com o barulho.
- Mãe !? - chamei, mas sem resposta resolvi descer para ver se era ela mesmo, quando cheguei a escada eu vi um garoto abrindo a porta ele era um pouco mais alto que eu, seus cabelos eram negros, não conseguia ver o seu rosto pois estava muito escuro, mas quando ele abriu a porta eu vi ele de relance, ele tinha um olhar sombrio, olhos tão escuros que pareciam negros, ele saiu porta a fora correndo, então notei algo no chão e ao redor de sua cabeça uma poça de sangue, fiquei pasma na hora, não sabia se saia gritando de alegria ou de ajuda. Todos os anos que eu tramei para matar ela, para me livrar daquela bebada, eu não precisava mais disso por que alguém fez esse trabalho para mim. Mas ficaria muito estranho eu ficar ali pulando de alegria, então resolvi ligar para a policia e avisar o ocorrido.
Quando os policiais chegaram, eu fingi minha melhor expressão de tristeza.

    Terça feira - 26/10/04
Adriane Cavalcante

Ontem de madrugada fui forçada a ficar falando com os policiais pelo dia inteiro, voltei para casa eram 6 da tarde, felizmente como eu tenho 19 anos eles não vão chamar nenhum familiar, mas vou ter que ir para a escola sem faltar por algum tempo...

Quarta feira - 27/10/04

    Adriane Cavalcante

Acordei as 6 hrs tomei banho me arrumei, e fui para a parada de ônibus, eu tinha que encenar a criancinha tristonha nessa primeira semana para ninguém desconfiar de mim, mas isso seria fácil. Na parada encontrei uma garota ela parecia ser legal me cumprimentou e ficou falando comigo, mas a melhor parte foi depois quando ela me apresentou para seus amigos. Era ele um dos amigos dela era o menino que tinha matado minha mãe,seu nome era Carlos, eu reconheceria aqueles olhos sem expressões e escuros em qualquer lugar, acho que ele notou que eu podia reconhecer ele, por isso ficou com a cabeça baixa, acho que talvez ele temesse que eu o denunciasse para a policia, mas o que eu queria mesmo era agradece-lo.
Eu realmente estava com muita sorte aquele dia, quando a Luí, a menina que eu conheci me mostrou onde era minha turma e disse que eu ia ser colega do Carlos, ela me disse onde ele sentava então me sentei exatamente na carteira de sua frente. Quando ele chegou e me viu sentada lá baixou o capuz rapidamente e foi para o lugar dele sentar. Me virei e puxei conversa com ele, não revelei nada de muito importante, até fiz o papel de "vitima" para que não notasse nada de estranho em mim, passamos o dia inteiro conversando.
Na saída ele e os amigos deles me chamaram para sair com eles, vou admitir eu realmente gostei do Ca ( foi assim que ele pediu para que eu chamasse ele ) então aceitei, fui para casa troquei de roupa e quando estava indo para o clube encontrei o Ca, perguntei por que ele estava voltando para casa e ele me disse que iria apenas caminhar, decidi me juntar então fui levada até uma casa abandonada. Sentamos em um quarto, os olhos sem expressões de ontem a noite pareciam ter se transformados, ele era um menino atencioso, calmo, acho que estou me apaixonando por ele. Então deitei minha cabeça no ombro dele e segurei a mão dele, estava tudo tão bom que eu acabei adormecendo.
Quando acordei ele já tinha ido, era 1 da manhã ou duas não me recordo bem. Tudo que havia no quarto era uma mensagem escrita na parede com o numero dele, então, mandei uma sms para ele dizem que iria ficar lá e tentei voltar a dormir, mas fiquei lá pensando por algumas horas até decidir que iria contar tudo, ia contar que sabia que havia sido ele, não ia pedir o porque só ia pedir para ele ficar comigo e quem sabe ir embora dali, com esses pensamentos peguei no sono. Acordei eram umas 6 horas tomei coragem e mandei outra sms para ele .


"Eu sei que foi você, não vá para a escola, me encontre na casa abandonada hoje a noite as 11 horas".

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